Cláudio Murilo Cavalcanti                                        

(Rio de Janeiro/RJ, 24 de fevereiro de 1940)        

(Rio de Janeiro/RJ, 29 de setembro de 2013). 

Cláudio Cavalcanti foi um ator, diretor de televisão, produtor teatral, escritor, tradutor, cantor, dublador e político brasileiro. Filho de um professor e contador e de uma dona de casa, Cláudio Cavalcanti sempre quis ser ator e quando fez treze anos, ao assistir ao espetáculo “Obrigado Pelo Amor de Vocês”, teve certeza de que esse era o caminho que ia seguir.  Cláudio Cavalcanti iniciou a carreira de no “Teatro Brasileiro de Comédia (TBC)”, atuando ao lado de Nathália Thimberg, Sérgio Britto e Fernanda Montenegro. Cavalcanti estreou em televisão fazendo teatro ao vivo. Desde então nunca mais interrompeu suas atividades de ator, continuando a atuar em teatro, tendo em seu currículo quarenta e uma peças, em TV onde trabalhou na TV Paulista, TV Tupi, TV Globo, TV Record, SBT e GNT (canal fechado). Cláudio Cavalcanti esteve no elenco das novelas “A Mulher que Amou Demais”, “Anastácia, a Mulher sem Destino”, “A Gata de Vison”, “Demian, o Justiceiro”, “Enquanto Houver Estrelas”, “O Retrato de Laura”, “Rosa Rebelde”, “Véu de Noiva”, “Irmãos Coragem”, “O Homem que Deve Morrer”, “O Bofe”, “Carinhoso”, “Cavalo de Aço”, “Bravo!”, “O Feijão e o Sonho”, ”Vejo a Lua no Céu”, “Dona Xepa”, “Nina”, “Maria, Maria”, “Pecado Rasgado”, “Pai Herói”, “Água Viva”, “Baila Comigo”, “Terras do Sem Fim”, ”Sétimo Sentido”, “Transas e Caretas”, “Roque Santeiro”, “Hipertensão”, “O Salvador da Pátria”, “Lua Cheia de Amor”, “Rainha da Sucata”, “Mulheres de Areia”, “A Viagem”, “Explode Coração”, “Salsa e Merengue”, “Marcas da Paixão”, “Roda da Vida” e “Amor e Revolução”, das minisséries “Padre Cícero”, “República”, “Labirinto” e “Chiquinha Gonzaga”, do “Caso Verdade”, no episódio “Vida Nova”, do “Xuxa Especial de Natal - Crer Para Ver” no papel de (Palhaço Chorão) e nos seriados “22-2000 Cidade Aberta” e “Sessão de Terapia”. No cinema esteve nos filmes “O Menino Maluquinho II - A Aventura”, "Tiradentes - O Filme”, “Mutirão de Amor”, “Caminhos Cruzados”, “Uma Estranha História de Amor”, “Um Marido Contagiante”, “Ipanema, Adeus”, “Como nos Livrar do Saco”, “O Grande Gozador”, “Quando as Mulheres Paqueram”, “Ascensão e Queda de um Paquera”, “Memórias de um Gigolô”, “A Cama ao Alcance de Todos”, “A Ascensão”, “A Um Pulo da Morte”, “Cuidado! Espião Brasileiro em Ação”, “Nudista à Força”, “Engraçadinha Depois dos Trinta”, “A História de um Crápula”, “Um Ramo Para Luísa”, “Contos Eróticos” no episódio “Vereda Tropical” e como dublador em “Robin Hood”. Mas não foi apenas como ator que Cláudio Cavalcanti deixou seu nome na história da televisão brasileira. Na TV Globo, ele dirigiu dez episódios do programa “Caso Verdade”, além da novela “Despedida de Solteiro” de Walther Negrão. Como escritor tem cinco livros publicados dentre os quais três antologias. Como cantor foi campeão de vendas como o LP "Claudio Cavalcanti". Cláudio Cavalcanti foi homenageado com várias condecorações, entre elas a “Medalha Tiradendes” (ALERJ) e a “Medalha General Zenóbio da Costa“ (Exército Brasileiro) e é Comendador do Exército Brasileiro com a “Medalha do Pacificador”. Cláudio Cavalcanti foi casado com Maria Lúcia Frota, psicóloga e atriz, com quem dividiu o palco inúmeras vezes. Ambos vegetarianos e ativistas dos direitos dos animais. Maria Lúcia foi a criadora da "Secretaria Municipal de Defesa dos Animais", na cidade do Rio de Janeiro, exercendo o cargo de secretária municipal durante quatro anos. Concomitantemente com suas atividades artísticas, Cláudio Cavalcanti foi eleito vereador da cidade do Rio de Janeiro com a plataforma "Por uma política de respeito aos animais". Reeleito, cumpriu dois mandatos. Em oito anos de atividade legislativa, criou e teve aprovadas vinte e nove leis, consideradas pioneiras em relação à defesa dos direitos animais, entre as quais a que proíbe o extermínio de animais abandonados e introduz a esterilização gratuita como método oficial de controle populacional e de zoonoses. Também, entre outras, proibiu rodeios, circos com animais, estabeleceu multa para maus-tratos e crueldade contra animais e conseguiu a aprovação da lei que proibia a utilização de animais em experiências científicas, recebendo maciço apoio nacional e internacional e criando enorme polêmica. Posteriormente a lei foi vetada pelo então prefeito, César Maia. Cláudio Cavalcanti se candidatou a deputado estadual e foi suplente durante licença de um dos titulares. Não conseguiu se reeleger vereador, porém após a cassação do deputado Natalino, se tornou titular em definitivo da vaga na “Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro“ (ALERJ). No entanto, não se sabe por que, a assembleia empossou outro deputado menos votado. O ator estava internado na UTI e havia passado por cirurgia por conta da falência de uma vértebra. Segundo seu cardiologista e genro, Carlos Eduardo Menna Barreto, Cláudio Cavalcanti sofreu um choque cardiogênico, que evoluiu para uma insuficiência renal e falência múltipla dos órgãos, ocasionando a morte.